A Verdade Congelada I.
Os mensaleiros...
ATENÇÃO: Se você tem problemas cardíacos, se sofre hipertensão, ou é menor de idade, NÃO prossiga com a leitura do Tema: A Verdade Congelada. São palavras FORTES, que podem impactá-lo.
Há algum tempo observo atentamente nos
meios de comunicação o julgamento do mensalão (processo penal 470 STF), o qual
envolve alguns empresários, lobistas e políticos da pior
espécie (na média da maioria deles), que são acusados dentre outras
coisas, de peculato (desvio ou mau uso do dinheiro público por aquele que o administra) e
lavagem de dinheiro utilizando uma instituição financeira para ocultar a origem ilícita de uma determinada verba.
Todo o dinheiro que circula no país é de responsabilidade do Banco
Central, você e eu somos apenas seus depositários, é por isso que temos que
declarar anualmente em que utilizamos o dinheiro (qual foi a fonte
original deste recurso e a finalidade dada).
Você e eu, amigo
leitor, somos assalariados, ou seja, nossa única fonte de recebimento é o
vinculo trabalhista, porém se você recebe outra renda deve declarar sua origem
e onde você o investiu ou gastou.
Porque se lava dinheiro?
Algumas fontes de renda não são, digamos, declaráveis. Por exemplo, o
tráfico de drogas ou o dinheiro da própria sonegação de impostos, garante de forma ilícita, um lucro maior no final de seu balancete
orçamentário.
A questão toda é: como vou gastar um dinheiro que nem deveria estar
comigo?
Tenho que de alguma forma torná-lo licito “lavá-lo”, por manobras ainda mais ilícitas.
No noticiário aprendemos com os nossos políticos várias formas de
realizar esta operação. Uma das mais praticadas é a doação a organizações sem fins lucrativos ou não governamentais. Elas,
as ONG´s, não tem obrigação tributária para com o Banco Central, servindo
muitas vezes como “lavanderia” para recursos espúrios.
Sempre
posso dizer que doei determinado valor para caridade e deduzir do imposto de
renda tal fração de alguns milhares de reais (dependendo de quanto for à doação).
A ONG (que é de fachada e não vai aplicar aquele valor em obra social alguma)
tem a possibilidade de emitir notas “frias” de prestação de serviço de uma
empresa. Assim o
dinheiro é lavado oficialmente e volta para mim com certa porcentagem para a
ONG cascateira.
Eu sei, a Polícia também sabe. É tudo uma
questão de tempo para que as ONG´s sejam objeto de investigação séria do
Tesouro Nacional e sejam obrigadas a declarar faturamento anual, para
desbaratar este cartel.
No caso do mensalão a operação era bem mais simples: eles “trocavam”
favorecimentos políticos por empréstimos que nunca seriam pagos as devidas
instituições financeiras. Quem liberava o empréstimo sabia que o dinheiro não
seria pago ao banco, e participava com o interesse declarado de favorecimento
politico.
Pense bem: quanto se poderia ganhar com informações privilegiadas do
mercado financeiro no período que precedeu a crise da bolha de 2008? Tráfico de
influências, privilégios políticos, tudo financiado com dinheiro público lavado
por meio de empréstimos que nunca seriam pagos, isto foi o mensalão.
Foi muito mais
que a mera compra de votos legislativos para favorecimento do governo Lula. Além disso, foi criada uma rede nacional que visava obter lucro com o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) através de privilégios na partilha das obras de infraestrutura (deflagrada
muito depois pelo chamado mensalão do DEM), visando a compra não apenas de
votos, mas acima de tudo, do silencio da oposição.
O sentimento de gratidão não deve de
maneira nenhuma ocupar nossa mente nem devemos pensar que por que esta trama
foi descoberta, outras redes de influência não estão ocorrendo neste momento
nas reuniões que nunca participaremos. Ficamos felizes com a condenação de
alguns poucos, mesmo com a ação tardia de alguns juízes do
Supremo Tribunal Federal por punirem, com seus votos e suas condenações, a conduta
vergonhosa dos nossos representantes quadrilheiros, mas não podemos fechar os
olhos, pois isto é só o começo.
Agora, temos que levar em consideração que os desmandos da
politica no Brasil são um reflexo da gestão financeira nada transparente com a
qual somos obrigados a conviver. Delegamos a eles muito poder quando decidem as
prioridades no nosso lugar.
Quando querem, exercem governança sobre nós.
Orçamentos
milionários gastos de forma a privilegiar empreiteiras de amigos e parentes. Verbas
destinadas a compras que não passam por análise prévia da população. Uma vez no
poder, eles decidem, sem nos comunicar, o que fazer com o dinheiro que eu e
você temos que declarar e fazer relatórios sem fim, correndo o risco de cair na
malha fina.
É pelo
menos desigual o que exigem de nós, comparado a quase independência de decisões
sobre as prioridades dos políticos e seus apaniguados.
Você pode decidir se pagar o imposto é sua prioridade? Não!
Ele já vem
embutido no preço final do produto, sendo sobre taxado em muitos momentos.
Observe que estamos presos em uma cadeia retro alimentada, pois não podemos
deixar de pagar por um serviço que não acontece e não temos autonomia de
decidir por nós mesmos o que fazer.
Na próxima postagem teremos a continuação desse tema.
Abordaremos os Mensaleiros..... da Fé!
Acompanhe, são revelações inacreditáveis. É preciso coragem (e estômago) para ler.
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