quinta-feira, 23 de agosto de 2012


Libertando-se de velhos pré-conceitos?
4º Pergunta: Essa discussão tem me levado a refletir sobre o caráter do conhecimento. O aumento do conhecimento reflete necessariamente na redução de fé? Explico, será que um indivíduo que busca o conhecimento, obrigatoriamente "perde" a Fé?

Resposta:
 Meu amigo se você observar atentamente, o imperativo bíblico é de busca do conhecimento e a origem da fé bíblica  depende diretamente da busca do conhecimento. O texto diz que a fé vem pelo ouvir da palavra de Deus, ou seja, da busca de um saber  mais aprofundado da existência humana e a busca do divino em cada um de nós, pelo prisma do conhecimento superior e não do imediato ou parcial advindo da cultura  e sendo, portanto, local e temporal.
  Sem dizer que fé é um conceito excludente, ou seja, fé é sempre fé em alguma coisa. Fé na fé é bobagem de crente idiotizado por não ler a bíblia. A fé tem seu crescimento associado ao aumento do conhecimento e não o contrário. Fé sem conhecimento é histeria, crendice, folclore, tudo menos a fé autêntica que só advém da busca sistemática do conhecimento. 
  Em outras palavras a fé vem pela testa e texto, testa e texto... fora disso adentramos os domínios do misticismo religioso, onde imperam as simpatias, as liturgias, a idolatria de homens e besteiras afins.

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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Libertando-se de velhos(?) paradigmas.
2º Pergunta: Entendo o que você disse, mas num país onde a TV ensina pratos mirabolantes e deliciosos para a grande maioria da população que não tem o que comer, como pensar num leitor da bíblia com esses conhecimentos prévios? ( Exegese, Hermenêutica, e Epistemologia).

 A questão que você coloca é pertinente, como exigir aquilo que nunca foi proposto antes...?  
 Estamos acostumados com intérpretes. Intérpretes são os explicadores das nossas dúvidas, aqueles que pouco a pouco nos acostumam mal. Sim, pois, toda vez que temos dúvidas recorrentes eles nos salvam desta angústia, gerando dependência intelectual.
  É só perguntar que alguém responde sempre.
  O acompanhamento das dúvidas deve ser seguido pelo processo de aquisição da capacidade de formular questões e buscar suas respostas. Buscar as respostas de suas próprias questões, não mais as questões primárias da forma que nos são impostas ( Hebreus 6), esta é a base das disciplinas citadas anteriormente. 
 Confiar nas interpretações dos outros nos limita  à capacidade alheia de formular respostas e nos priva da produção de conhecimento. 
  Isto não é fé é alucinação de crente! Pois, algo somente será abalizado por Deus se for condizente com aquilo que, em princípio, está baseado (e não somente registrado), em sua palavra.

3º Pergunta:  O que é, em nosso tempo, a capacidade de compreender a maneira com que Deus está falando a nós?

 Imagine se estivéssemos ainda discutindo o paradigma Hermínio/Calviniano como no século XVI (se somos predestinados ou se temos verdadeiramente livre arbítrio!?!). Ficariam de fora questões importantes como as que elencamos neste espaço. 
 Na década de 80 por exemplo, as questões ligadas a chamada Teologia da Libertação trouxeram novos paradigmas no que tange a ação holística da igreja. Nos anos 90 surgiram novos limiares concernentes a auto estima evangélica, em contra ponto surgiu também a chamada Teologia da Prosperidade junto com a turma do Macedo. 
 Portanto, somente através da busca de autonomia do pensamento, é que iremos nos livrar dos intérpretes escravizantes e viciantes que nos impedem de tirar o véu, sublimando formatos obsoletos de percepção e compreensão das verdades do evangelho.
  Não que exista um progresso constante, porém surgirá o diferente que é  fruto desta busca referência para posteriores críticas.
 O problema é que estamos acostumados a eles (velhos paradigmas) e nos sentimos solitários quando temos que buscar sozinhos as respostas as indagações concernentes a este tempo. Vamos aprender com a história ou estaremos fadados a repeti-la tragicamente?

 A outra opção é o líder se tornar um vidente, uma cartomante eclesiástica, que me acalma diante do inesperado da vida. Sacando do bolso um verso bíblico solto do contexto do tipo: "Tudo posso naquele que me fortalece", mesmo que eu não saiba muito bem o contexto de seu significado. Me apego apenas ao fato destas palavras serem ditas pelo mago em um ambiente propício ao acontecimento da magia. Ocasionando o surgimento, em mim um estado alucinatório, que  me anestesia a consciência, pois, me faz pensar que, de alguma forma, tudo vai dar certo. 
                
Acompanhe o próximo post na próxima Quinta-feira e mande sua pergunta.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012


TEMA INICIAL - Só lê o Evangelho aquele que quer mudar o Mundo. Que acredita em uma forma de existência diferente, guiada por princípios diferentes. Aplicada por meios diferentes.Com vistas de alcançar objetivos diferentes. Porque é isso que o Evangelho ensina!
1º pergunta: - Entendo, mas acredito que isso é apenas uma constatação, e a questão é saber as implicações dessa constatação. Afinal muitos dizem ler a bíblia e o evangelho está contido nela, não é mesmo?
Resposta:
Ler a bíblia como quem lê o gibi da Mônica, este é sem dúvida, o maior problema dos eventuais
leitores. Você já deve ter ouvido alguém ensinar que a Bíblia deve ser lida como uma estória no primeiro momento, certo? Sim estória, pois história é um método científico para conhecimento do passado, e estória é um acumulado de mitos, lendas e culturas de tradição oral e escrita, mantida através do tempo, por determinado povo, como forma de manter sua tradição e preservar seu passado.
Então se lermos a bíblia como estória, agregamos a ela um caráter lendário. Porém se queremos resgatar a história dos escritos bíblicos devemos nos aprofundar nos métodos científicos que permitem a obtenção de certezas históricas cito: Exegese bíblica, Hermenêutica e Epistemologia. No entanto esta possibilidade não está amplamente difundida entre os leitores, gerando interpretações equivocadas e construções arquetípicas que justificam o processo ideológico de opressão e dominação religiosa.

E você, tem algum questionamento sobre esse tema? Entre em contato, fique a vontade!



Que as minhas palavras não sejam simples palavras, mas que se traduzam no meu agir.
Porque o cristianismo se tornou isso que vemos hoje, porque tantas liturgias e rituais? Jesus não fez isso, então porque o fazemos?
Num desses diálogos, recebi o seguinte texto (de um discípulo), que na sua singularidade causa transformações e reflexões pessoais todas as vezes que o leio.

"O reino de Deus no homem é feito de simplicidade.
Um Deus. Um dogma: amor.
Um Senhor e Sacerdote: Jesus, o Cristo.
Uma a professar: o amor revelado no Evangelho.
Uma certeza a possuir: a Graça é sobre todos.
Uma responsabilidade: ser em verdade.
Uma missão: ser humano conforme Jesus.
Uma atitude relacional: interdependência.
Uma decisão necessária: independência para obedecer a Palavra.
Um fluxo a seguir: o meu em Deus.
Um mundo a buscar: aquele no qual cada um respeita e é respeitado, trata e é tratado como gosta de ser. 
Um só tesouro: o que cabe no coração.
Um cônjuge: amor por todos, mas amor conjugal por um só.  Amar a todos os mais novos como se fossem filhos, e aos filhos como se fossem os únicos.  Amar aos pais como quem ama a Deus, mesmo que Deus errasse...
E, assim...
Buscar manter o coração longe de amores equivalentes em natureza, de valores conflitantes em essência.
Longe de tesouros opostos entre si, de ambições antagônicas, de preocupações desnecessárias. Longe de sofrimentos tolos e caprichosos, de relacionamentos que não abençoam, de escolhas que excitam, mas não pacificam.
Longe de toda sorte de loucura que envolva crer que aquilo que é mal, em mim não é tão ruim assim.
Longe da loucura de crer que a minha traição é a mais nobre que existe; que as minhas  ambições são minhas e assim não são antagônicas;
Longe da loucura de crer que a injustiça é o fato da justiça não estar em minhas mãos. 
Finalmente, buscar manter o coração longe da loucura de crer que a um malabarismo bondoso nem Deus resiste.
Mas na era da fragmentação de todas as coisas, quem almejará a simplicidade de ser?"

terça-feira, 7 de agosto de 2012

APPREHENDERE ? Mas o que significa essa palavra?


APPREHENDERE vem do Latim, significa “agarrar, tomar posse de”.
de AD-, “a”, mais PREHENDERE, “pegar, agarrar”.
O sentido metafórico é “agarrar com o conhecimento, com a mente”, "Aprendizado".
Essa palavra ilustra muito bem a beleza que se esconde até nas palavras comuns. 
(trecho retirado de um excelente site de Etimologia) http://origemdapalavra.com.br/palavras/aprender/