quinta-feira, 9 de agosto de 2012


Que as minhas palavras não sejam simples palavras, mas que se traduzam no meu agir.
Porque o cristianismo se tornou isso que vemos hoje, porque tantas liturgias e rituais? Jesus não fez isso, então porque o fazemos?
Num desses diálogos, recebi o seguinte texto (de um discípulo), que na sua singularidade causa transformações e reflexões pessoais todas as vezes que o leio.

"O reino de Deus no homem é feito de simplicidade.
Um Deus. Um dogma: amor.
Um Senhor e Sacerdote: Jesus, o Cristo.
Uma a professar: o amor revelado no Evangelho.
Uma certeza a possuir: a Graça é sobre todos.
Uma responsabilidade: ser em verdade.
Uma missão: ser humano conforme Jesus.
Uma atitude relacional: interdependência.
Uma decisão necessária: independência para obedecer a Palavra.
Um fluxo a seguir: o meu em Deus.
Um mundo a buscar: aquele no qual cada um respeita e é respeitado, trata e é tratado como gosta de ser. 
Um só tesouro: o que cabe no coração.
Um cônjuge: amor por todos, mas amor conjugal por um só.  Amar a todos os mais novos como se fossem filhos, e aos filhos como se fossem os únicos.  Amar aos pais como quem ama a Deus, mesmo que Deus errasse...
E, assim...
Buscar manter o coração longe de amores equivalentes em natureza, de valores conflitantes em essência.
Longe de tesouros opostos entre si, de ambições antagônicas, de preocupações desnecessárias. Longe de sofrimentos tolos e caprichosos, de relacionamentos que não abençoam, de escolhas que excitam, mas não pacificam.
Longe de toda sorte de loucura que envolva crer que aquilo que é mal, em mim não é tão ruim assim.
Longe da loucura de crer que a minha traição é a mais nobre que existe; que as minhas  ambições são minhas e assim não são antagônicas;
Longe da loucura de crer que a injustiça é o fato da justiça não estar em minhas mãos. 
Finalmente, buscar manter o coração longe da loucura de crer que a um malabarismo bondoso nem Deus resiste.
Mas na era da fragmentação de todas as coisas, quem almejará a simplicidade de ser?"

Nenhum comentário:

Postar um comentário