quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Libertando-se de velhos(?) paradigmas.
2º Pergunta: Entendo o que você disse, mas num país onde a TV ensina pratos mirabolantes e deliciosos para a grande maioria da população que não tem o que comer, como pensar num leitor da bíblia com esses conhecimentos prévios? ( Exegese, Hermenêutica, e Epistemologia).

 A questão que você coloca é pertinente, como exigir aquilo que nunca foi proposto antes...?  
 Estamos acostumados com intérpretes. Intérpretes são os explicadores das nossas dúvidas, aqueles que pouco a pouco nos acostumam mal. Sim, pois, toda vez que temos dúvidas recorrentes eles nos salvam desta angústia, gerando dependência intelectual.
  É só perguntar que alguém responde sempre.
  O acompanhamento das dúvidas deve ser seguido pelo processo de aquisição da capacidade de formular questões e buscar suas respostas. Buscar as respostas de suas próprias questões, não mais as questões primárias da forma que nos são impostas ( Hebreus 6), esta é a base das disciplinas citadas anteriormente. 
 Confiar nas interpretações dos outros nos limita  à capacidade alheia de formular respostas e nos priva da produção de conhecimento. 
  Isto não é fé é alucinação de crente! Pois, algo somente será abalizado por Deus se for condizente com aquilo que, em princípio, está baseado (e não somente registrado), em sua palavra.

3º Pergunta:  O que é, em nosso tempo, a capacidade de compreender a maneira com que Deus está falando a nós?

 Imagine se estivéssemos ainda discutindo o paradigma Hermínio/Calviniano como no século XVI (se somos predestinados ou se temos verdadeiramente livre arbítrio!?!). Ficariam de fora questões importantes como as que elencamos neste espaço. 
 Na década de 80 por exemplo, as questões ligadas a chamada Teologia da Libertação trouxeram novos paradigmas no que tange a ação holística da igreja. Nos anos 90 surgiram novos limiares concernentes a auto estima evangélica, em contra ponto surgiu também a chamada Teologia da Prosperidade junto com a turma do Macedo. 
 Portanto, somente através da busca de autonomia do pensamento, é que iremos nos livrar dos intérpretes escravizantes e viciantes que nos impedem de tirar o véu, sublimando formatos obsoletos de percepção e compreensão das verdades do evangelho.
  Não que exista um progresso constante, porém surgirá o diferente que é  fruto desta busca referência para posteriores críticas.
 O problema é que estamos acostumados a eles (velhos paradigmas) e nos sentimos solitários quando temos que buscar sozinhos as respostas as indagações concernentes a este tempo. Vamos aprender com a história ou estaremos fadados a repeti-la tragicamente?

 A outra opção é o líder se tornar um vidente, uma cartomante eclesiástica, que me acalma diante do inesperado da vida. Sacando do bolso um verso bíblico solto do contexto do tipo: "Tudo posso naquele que me fortalece", mesmo que eu não saiba muito bem o contexto de seu significado. Me apego apenas ao fato destas palavras serem ditas pelo mago em um ambiente propício ao acontecimento da magia. Ocasionando o surgimento, em mim um estado alucinatório, que  me anestesia a consciência, pois, me faz pensar que, de alguma forma, tudo vai dar certo. 
                
Acompanhe o próximo post na próxima Quinta-feira e mande sua pergunta.

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